sexta-feira, 12 de novembro de 2010


VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS.

A violência é um problema social que está presente dentro das escolas, manifestada de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários. Além disso, a violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco tem levado jovens a perder a credibilidade em uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos, conforme estes modelos sociais. Precisamos acabar com essa guerra, de uma maneira pacifica, ajudando e acolhendo o próximo, ao invés de maltratá-lo e ignorá-lo.

Afinal, a violência só gera mais violência!


A vida não é um corredor reto e tranquilo que percorremos livres
e sem empecilhos, mas um labirinto de passagens, pelas quais devemos procurar o caminho, perdidos e confusos, de vez em quando presos em um beco sem saída.

Porém, se tivermos fé, uma porta sempre será abert para nós, talvez não aquela em que teríamos pensado, mas aquela que, definitivamente, irá se revelar boa para nós.





A. J. Cronin

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SOCIEDADE DESIQUILIBRADA

Há quem diga, para o homem se encaixar na sociedade atual, precisa ser como todos os outros. Se o mundo dominado por feras, é preciso ser fera.
Fera em que sentido? No sentido de ser uma pessoa perfeita em tudo que faz, que sempre está em primeiro lugar em todas as coisas, no que busca sempre a vitória, que nunca desanima e corre atrás dos seus objetivos. Ou o ser humano que só se preocupa consigo mesmo, que pisa nos outros, que é estressado, arrogante e sem um pingo de educação ?
A segunda opção talvez seja a mais realista.
Hoje em dia, milhares de pessoas são assim, querem sempre ter o seu lugar numa sociedade onde os mais ricos são os melhores. Onde os maiores privilégios, recompensas e respeito são depositados em cima dos ombros dos mais afortunados. Enquanto os trabalhadores de verdade, ficam atrás das "câmeras", vendo o outro ganhar a fama.
Nesse mundo competitivo, o que vale é a figura humana perfeita. As pessoas não amam o próximo, não dão a mínima importância para aquele que precisa, que sofre e passa fome. Com esse coração amargo e com tantas ocupações financeiras, não existe mais tempo para a solidariedade, para amor e para a tranquilidade.

terça-feira, 26 de outubro de 2010



A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira !

"Aquele que considera sua vida e a dos outros sem qualquer sentido é fundamentalmente infeliz, pois não tem motivo algum para viver."
(Albert Einsten)

Aventura fora de série.

Era dia sete de agosto, o relógio marcava nove e meia da manhã. Fui até o banheiro para lavar os meus olhos, andando preguiçosamente pela casa; observei que o dia estava nublado e muito frio. Achei estranho.
Na manhã passada, acordei morta de calor e com as cobertas jogadas pelos cantos do quarto. Decidi abrir a janela para ver como estava o clima, e me surpreendi vendo uma fina chuva de flocos de neve.
Vesti algo mais quente, tomei uma xícara de café e fui para fora de casa. Era a paisagem mais linda que eu já tinha visto. Parecia que tudo estava coberto por um enorme lençol branco.
O doce som de risadas pairava em todos os lados; crianças correndo, brincando de guerra de bolas de neve e montando divertidas esculturas no gelo. Naquele momento lembrei da minha infância. Ah! como era bom não ter responsabilidades, montar castelos de areia, e ficar deitada sobre uma toalha no chão da praia! Parecia que estava flutuando sobre as nuvens.
Mais tarde, quando era mais ou menos duas e meia da tarde, senti uma solidão bater em meu peito, eu queria alguém para compartilhar toda aquela alegria que tinha dentro de mim, alguém para conversar e passar o tempo. Deitada no sofá, vendo as horas passarem, recebi um telefonema da minha amiga, ela tinha chegado de uma longa viagem e estava louco para ir as montanhas andar de esqui. Sem demora, desliguei o telefone e comecei a ajeitara casa, estava uma bagunça.
Depois da faxina, sentei novamente no sofá à espera de Carolina. O silêncio tomava conta do ambiente, e ouvinto o som de leves passos pela brita, decidi pegar o meu velho taco de beisebol e ver o que era. Abri a porta lentamente, e dei de cara com a Carol. A emoção foi tão grande que o forte abraço foi misturado com lágrimas e risadas. Depois de nos aprontarmos, viajamos por mais de duas horas. Chegando ao local desejado, nos hospedamos em um hotel. Iríamos passar uma noite ali, e sem nenhuma cerimônia, caímos feito pedra sobre a cama, o dia tinha sido muito cansativo.
De repente, me vi andando sobre a neve ao lado da minha amiga, o dia estava perfeito. Alguns minutos depois ouvimos pessoas em pânico, berrando e correndo para todos os lados. Fomos ver o que estava acontecendo, um forte barulho vinha do alto da montanha, e em questões de segundos descobrimos o que havia lá. Era uma forte AVALANCHE vindo em nossa direção, e as esperanças de sair viva daquela forte "onda" de neve eram mínimas. Em estantes fomos cobertas pela neve.
Aquele frio, me congelava, me trancava a respiração me deixando sem forças.Não havia uma saída e, no desespero, comecei a rezar para Deus me salvar nossas vidas. Mais aos poucos meus olhos vão se fechando, meu coração vai perdendo o seu ritmo, e eu desmaio.
tik tok ... o relógio batia, eram meio e dia. Confusa, abro rapidamente meus olhos e encontro ao meu lado Carolina, embaixo de grossas cobertas de lã. Então percebi que tudo aquilo não passou de um terrível pesadelo.


FIM.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Poderosa

O pai e a mãe estão se separando, o irmão caçula é o garoto mais implicante do planeta e a avó passa os dias na cama, descascando a parede com as unhas, sem saber o que acontece ao redor. É este o habitat de Joana Dalva, que aos 13 anos sonha em ser escritora. Tudo o que ela desejava era criar histórias que distraíssem os futuros leitores, mas um dia faz uma redação sobre a quase xará Joana d Arc e provoca uma reviravolta na História.Se uma simples redação podia mudar o passado, por que não usar a literatura para consertar o presente? Joana Dalva não hesita em converter a ficção em realidade. O problema é que cada texto produz conseqüências imprevistas, dando origem a outros textos que trazem novos problemas. E o jogo de gato e rato acaba escapando do controle.Para participar desse jogo, não é preciso ter a idade de Joana Dalva nem sentir na pele os conflitos e as espinhas da adolescência. Este romance de Sérgio Klein destina-se a todos os que ainda acreditam no poder transformador das palavras.

Este livro é muito bom, recomendo a vocês ! :)



PRECONCEITO.

É difícil acreditar que até hoje preconceitos vão lhe saciar, momentos que vivemos e em um estralar como perfume a se evaporar, que a juventude que em mim se notava, e nela o arrependimento tardio, agora com um certo receio em seu peito, vamos tentar. O medo é estranho e instigante como numa noite de inverno acabam numa noite alucinente. O sol as caras vai dando, em nossas caras uma outra cara vai brotando, em um dia de sol escaldante, no nosso céu, uma neblina quente envolve o nosso dia, como o conforto de uma estadia. Tecnologias transformam nossos pensamentos, sentimentos e consentimentos, em apenas acontecimentos.
Preconceito vivemos mas meu caro amigo, as vezes não vemos e muitas das vezes não compreendemos e sem querer cometemos.

(William Baptistella)

Trabalho de Português sobre o Preconceito.




Bonito é quando o coração consegue superar o preconceito !

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Roteiro para a leitura da crônica.

Eu analisei a crônica "Passeio pela cidade", cujo a autora Mila Ramos tratou de um assunto do cotidiano falando sobre a importância das árvores na nossa cidade. Por exemplo na rua Dr. João Colin, existe uma única árvore, sendo que é uma das mais importantes vias de circulação de Joinville. Ela utilizou os elementos básicos da narrativa,o lugar,o enredo,o tempo,o narrador,o autor. Essa crônica foi narrada em 1ª pessoa e a opção do ponto de vista foi mantida até o final. O título e o desfecho são interessantes, pois nos faz refletir um pouco mais sobre a importância das árvores em nossa vida, e isso está se perdendo a cada dia que passa. A autora diz que as "ruas estão ficando nuas", e que as árvores estão desafiando a fiação de postes, milhares de prédios estão sendo construidos, e árvores estão sendo derrubadas, consequêntimente causando problemas ambientais. Devemos ser igual a ela, parar um dia e perceber o que acontece ao nosso redor, não nos focarmos só nos assuntos do cotidiano, mais também nas coisas mais simples.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cinema é melhor pra saúde do que pipoca! Conversa é melhor do que piada. Exercício é melhor do que cirurgia. Humor é melhor do que rancor. Amigos são melhores do que gente influente. Economia é melhor do que dívida. Pergunta é melhor do que dúvida. Sonhar é melhor do que NADA!

Luís Fernando Veríssimo.
O QUE É CRÔNICA ?

Uma crônica é uma narração, segundo a ordem temporal. O termo é atribuído, por exemplo, aos noticiários dos jornais, comentários literários ou científicos, que preenchem periodicamente as páginas de um jornal.
Crônica é um gênero literário produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal. Quer dizer, ela é feita com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o lêem.
Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida... Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?- Ainda bem que esse infeliz morreu !Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".

Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A ultima crônica.
(Fernando Sabino)

"A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."